O número de livros publicados nos EUA em 2008 aumentou 38 por cento relativamente ao ano anterior (que já tinha subido 38 por cento relativamente a 2006). De onde vêm todos estes livros? Tanto os meios tradicionais como os autores-editores contribuíram para esta abundância. Mas a verdadeira resposta está nas bibliotecas universitárias norte-americanas, que desataram a vender os direitos de publicação dos conteúdos das suas prateleiras – ou pelo menos do que está esgotado ou do que não está sujeito a direitos de autor. O exemplo mais recente: a Universidade do Michigan (em parceria com a Google para a digitalização e com uma filial da Amazon chamada BookSurge para a impressão) planeia disponibilizar mais de 400 mil títulos para venda a pedido. A Cornell planeia fazer o mesmo com 500 mil títulos. E é intenção da Universidade da Pennsylvania acrescentar outros 200 mil. O elogio fúnebre do livro pode ser, à semelhança do que aconteceu com o de Mark Twain, prematuro.

Livro antigo

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Artigo publicado na Revista Única, publicação lançada juntamente com o semanário Expresso, n.º 1929 de 17 de Outubro de 2009.

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